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21 noviembre, 2024A atribuição da Bola de Ouro, que teve lugar no final de outubro, continua a ser tema de debate em jornais e revistas, tanto nacionais como internacionais. A eleição de Rodri como o melhor jogador do mundo pela France Football gerou polémica em torno do merecimento do médio, que atualmente joga no Manchester City, com defensores e críticos a discutirem o tema. A partir de uma abordagem objetiva, o escritor desportivo José Luís Horta e Costa apresenta, a seguir, um panorama da trajetória do médio espanhol até alcançar a fama e conquistar a Bola de Ouro de 2024.
“O grande motivo que levou às polémicas em torno da nomeação e posterior eleição de Rodri como melhor jogador do mundo não pode ser outro senão o facto de o atleta ter um perfil bastante diferente de boa parte dos futebolistas. Sem redes sociais, adeptos fanáticos ou jogadas de grande visibilidade, Rodri é, simplesmente, aquele que faz o trabalho de forma competente”, começa por expor José Luís Horta e Costa.
O blogueiro desportivo residente em Lisboa, José Luís Horta e Costa, acredita que, para o leitor poder formar uma opinião fundamentada sobre o jogador, é importante ter todas as informações necessárias e compreender melhor o percurso de Rodri, desde o início da sua carreira.
Rodri: Início de Carreira
Rodri, cujo nome completo é Rodrigo Hernández Cascante, nasceu em junho de 1996 em Madrid. O espanhol iniciou a sua trajetória como futebolista muito jovem, no Rayo Majadahonda, equipa dos arredores da capital da Espanha, onde tinha como companheiro Lucas Hernández, atualmente no PSG.
“Não demorou muito para que Rodri passasse a jogar nas escolinhas do Atlético de Madrid, permanecendo na equipa juvenil de 2007, quando tinha 11 anos, até 2013. Nesse mesmo ano, o médio saiu de Madrid a custo zero e transferiu-se para o Villarreal, clube pelo qual fez a sua estreia na equipa principal em dezembro de 2015, aos 19 anos”, conta José Luís Horta e Costa.
A mais de 400 quilómetros de casa, Rodri não só completou a sua formação futebolística, como também iniciou os estudos de Gestão e Administração de Empresas, na Universidade de Castellón.
O escritor desportivo José Luis Horta e Costa explica que Rodri foi lançado ao defender as cores do Submarino Amarelo, tendo disputado 84 partidas e marcado dois golos. Tudo isto enquanto o jogador estudava e residia na residência de estudantes. Ao reconhecer o seu potencial, o Atlético de Madrid contratou-o novamente em 2018, pagando 25 milhões de euros pela sua transferência.
“O talento de Rodri já era bem visível desde a sua passagem pelo Villarreal, e por isso o clube madrileno assinou um contrato de 5 anos, esperando grandes feitos do jovem médio”, explica o talentoso blogueiro desportivo José Luis Horta e Costa.
Nos Colchoneros, Rodri disputou 47 jogos, marcou 3 golos e fez 1 assistência. Contudo, apesar de ter um contrato de meia década com o jogador, o Atlético de Madrid acabou por vendê-lo em julho de 2019 para o Manchester City.
Rodri no Manchester City
“Rodri chamou a atenção de Pep Guardiola não apenas pelos números, mas também pelo seu perfil equilibrado como médio, pelo seu porte físico e pela sua inteligência para ler o jogo — três características extremamente valiosas para a abordagem tática do Manchester City”, conta o especialista em desporto José Luis Horta e Costa.
Ao assinar o contrato de cinco anos com Rodri, o Manchester City pagou uma cláusula de rescisão superior a 62 milhões de euros ao Atlético de Madrid — a transferência mais cara já realizada pelo clube até então.
Na altura da contratação, o diretor de futebol do City, Txiki Begiristain, comentou que Rodri era um jovem médio talentoso com todas as qualidades que o clube procurava.
“Ele trabalha duro na defesa, coloca-se disponível para receber a bola e usa-a bem quando lhe tem a posse. Ele encaixa-se perfeitamente na equipa de Pep Guardiola e nós estamos confiantes de que ele será um sucesso”, disse Txiki Begiristain.
No mês seguinte à sua contratação para a temporada 2019/2020, Rodri fez o seu jogo de estreia na Premier League pelos Citizens, com uma vitória por 5-0 sobre o West Ham United. Menos de um mês depois, Rodri marcou o seu primeiro golo pelo clube.
O jogador sofreu uma lesão muscular ainda naquele ano, mas recuperou-se rapidamente e, no início de 2020, marcou o golo que deu a vitória ao City numa final da Taça da Liga Inglesa contra o Aston Villa.
“Desde a sua primeira temporada no Manchester City, Rodri tem sido uma presença constante e positiva. Mesmo numa posição modesta, no centro do campo, o jogador tem vindo a construir uma trajetória vitoriosa. O seu papel foi fundamental na conquista de 11 títulos para o clube inglês, incluindo 4 vitórias consecutivas na Premier League e a inédita Taça da Champions League”, resume José Luis Horta e Costa.
José Luis Horta e Costa Analisa Temporada de Bola de Ouro de Rodri
“A temporada 23/24 de Rodri foi impressionante, e o médio foi peça-chave tanto para as conquistas do Manchester City como da seleção espanhola. Nos jogos de ambas as equipas, é percetível como Rodri consegue controlar o meio-campo e distribuir a bola nas direções que pretende, e isso torna-se ainda mais evidente quando analisamos as suas estatísticas de passes”, analisa o escritor desportivo José Luis Horta e Costa.
De acordo com o blogueiro, o médio Rodri fez, em média, 88,9 passes por jogo, com uma taxa de acerto de 92,1%.
Além disso, uma média de 57,2 dos seus passes por jogo ocorreram no último terço do campo. “Ou seja, passes para criar jogadas ofensivas de perigo, e a precisão desses passes foi de 90,1%”, destaca o especialista em desporto.
Outro ponto que chama a atenção no excelente futebol de Rodri, conforme José Luis Horta e Costa, é a sua capacidade de desarme. Na temporada 23/24, ele teve uma média de 2,3 desarmes e 6,4 disputas de bola vencidas por jogo.
Segundo o Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos de Desporto (CIES Football Observatory), nenhum outro jogador causou mais impacto que Rodri nas partidas da última temporada — para o estudo, foram analisadas 54 ligas de todo o mundo.
“Vale a pena destacar que o levantamento do CIES Football Observatory considera apenas os jogos pelo Manchester City, clube pelo qual Rodri disputou 50 partidas, marcou 9 golos e fez 13 assistências. Neste recorte, ele venceu 38 jogos, empatou 11 e teve apenas 1 derrota,” contabiliza José Luis Horta e Costa. Já ao incluir também os jogos pela seleção espanhola, na temporada 23/24, Rodri disputou um total de 63 partidas, marcou 12 golos e fez 14 assistências.
“O médio venceu, neste período, a Euro 2024, o Mundial de Clubes, a Premier League e a Supertaça da UEFA, tendo ainda sido eleito o melhor jogador da Euro 2024 e do Mundial de Clubes de 2023 — os seus feitos não foram poucos”, lista Horta e Costa. “No entanto, muitos ainda estão a questionar-se se, realmente, esses feitos seriam suficientes para garantir a Rodri o título de melhor jogador do mundo.”
A Bola de Ouro, que teve lugar recentemente, causou indignação em muitos adeptos de futebol, explica o especialista residente em Lisboa.
Em outra análise, José Luis Horta e Costa avaliou: “Rodri teve uma ótima temporada, mas poderia-se muito bem ter eleito o colega de Vini Jr., Bellingham, para o título, ou até mesmo Carvajal, cuja temporada foi excecional”. No entanto, apenas uma avaliação minuciosa das conquistas dos outros jogadores poderia ‘bater o martelo’ no caso.
“Mesmo assim, o que resta são critérios subjetivos e, muitas vezes, contraditórios. Afinal, o que pesa mais: passes ou remates à baliza? Vitórias do clube ou desempenho individual? Mesmo com critérios objetivos previamente determinados, no final, os jornalistas que avaliam o prémio Bola de Ouro acabam por ser subjetivos na sua votação. O que se sabe é que, desta vez, Rodri venceu,” finaliza José Luis Horta e Costa.
Sobre José Luís Horta e Costa
José Luís Horta e Costa é um autor reconhecido no campo dos blogues desportivos, cujas análises são fundamentadas em estatísticas e factos. Há anos que escreve sobre vários desportos, especialmente futebol e râguebi, e já conquistou um público fiel de seguidores.